Durante a abertura do semestre letivo da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), o governador Wanderlei Barbosa reafirmou, nesta quarta-feira (30), que o novo câmpus de Dianópolis deve ser entregue até novembro. Ele também mencionou que a construção da unidade em Augustinópolis está em fase de liberação, o que pode acelerar o início das obras.
O anúncio foi feito durante a Semana Integrada 2025/2, evento que reuniu mais de 250 professores e tutores da Unitins para debates e alinhamento pedagógico. O governador destacou o compromisso da gestão estadual com a educação pública superior e com a valorização dos professores da rede.
O reitor da Unitins, Augusto Rezende, também esteve presente e falou sobre o apoio recebido para fortalecer a estrutura e a atuação da universidade nos câmpus de Palmas, Araguatins, Augustinópolis, Paraíso e Dianópolis.
Além de palestras e troca de experiências entre os docentes, o evento também teve transmissão ao vivo pela Rádio Unitins FM. Na ocasião, o governador reiterou que o foco da gestão é oferecer infraestrutura adequada desde a educação básica até o ensino superior.
Ainda não há previsão oficial para o início das obras no câmpus de Augustinópolis, mas a sinalização do governo indica que o projeto está entre as prioridades da área educacional no Tocantins.
Etapas são obrigatórias para garantir matrícula nas vagas destinadas a pessoas com deficiência e autodeclarados pretos ou pardos
A Universidade Estadual do Tocantins (Unitins) publicou nesta quarta-feira (9) o edital de convocação para os candidatos classificados nas vagas reservadas do Vestibular 2025/2. A convocação é voltada aos aprovados que se inscreveram como pessoas com deficiência (PcD) ou se autodeclararam pretos ou pardos.
A participação nos procedimentos de verificação é obrigatória para garantir a permanência no processo seletivo e posterior matrícula. A lista com os convocados está disponível no site da universidade.
Os candidatos devem apresentar documento de identificação com foto, comprovante de que são oriundos da rede pública de ensino e, no caso de PcDs, relatório médico original. Todas as orientações estão descritas nos editais específicos de cada modalidade.
As bancas de heteroidentificação serão realizadas por videoconferência, via Google Meet. Já os procedimentos médicos devem ser cumpridos presencialmente. O não comparecimento em qualquer das etapas resultará na eliminação do candidato.
Vagas reservadas
O Vestibular 2025/2 ofertou 160 vagas para os câmpus de Palmas e Paraíso. Metade delas é destinada ao sistema de cotas para egressos da rede pública, conforme determina a Lei Estadual nº 3.458/2019.
Dentre essas vagas, os percentuais de reserva são distribuídos da seguinte forma:
5% para candidatos autodeclarados pretos;
27,5% para autodeclarados pardos;
2,5% para indígenas;
2,5% para pessoas com deficiência.
Somente após a aprovação nas avaliações é que os candidatos poderão ser convocados para efetivar a matrícula no curso escolhido.
Mais informações estão disponíveis nos canais oficiais da Unitins.
Vestibular 2025/2 ofertou 160 vagas para os câmpus Palmas e Paraíso – Foto: Nonato Silva
Em vídeo, Mauro Carlesse acusa pré-candidato da região de tentar assumir mérito pela implantação do curso de Medicina no Bico do Papagaio
2025 e o clima político no Tocantins já começou a esquentar. Pré-candidatos se movimentam nos bastidores, discursos se afiam e as alfinetadas públicas já ganharam as redes sociais. De um lado, o ex-governador Mauro Carlesse, que tenta retornar ao Palácio Araguaia como pré-candidato ao governo. Do outro, o deputado estadual Amélio Cayres (Republicanos), atual presidente da Assembleia Legislativa e nome apoiado pelo governador Wanderlei Barbosa, que se despede do mandato. Um vídeo recente divulgado nas redes sociais pelo ex-governador Mauro Carlesse causou repercussão ao colocar em xeque a atuação do deputado estadual Amélio Cayres na criação do curso de Medicina da Unitins em Augustinópolis, no Bico do Papagaio.
Na gravação, Carlesse afirma que foi ele quem viabilizou a chegada do curso ao município e acusa um “candidato a governador”, sem mencionar nomes, de estar tentando assumir o crédito por uma conquista que, segundo ele, não lhe pertence.
“Eu estava vendo um vídeo de um candidato a governador dizendo que levou a universidade de Medicina pra Augustinópolis. Eu vou dizer pra ele que ele tá mentindo. Quem levou a universidade pra Augustinópolis fui eu, Carlesse, e com muito esforço”, afirmou.
O ex-governador ainda alegou que, durante sua gestão, convocou os deputados estaduais a colaborarem com emendas para viabilizar o projeto, e criticou o parlamentar citado por, segundo ele, “nunca ter mexido uma palha” pela iniciativa.
“Muito ao contrário. Ele nunca disse em público que ia trazer a universidade pra cá”, completou.
Apesar das críticas feitas por Carlesse, vídeos antigos de entrevistas com Amélio Cayres mostram que o deputado reconheceu publicamente o papel do então governador na concretização do curso. Em fala registrada na época da implantação, Amélio comentou:
“Independentemente da situação política, o ex-governador Mauro Carlesse contribuiu. E eu devo isso a ele também. A gente tem que reconhecer o que o cidadão fez.”
Na mesma entrevista, o deputado narra os bastidores da mobilização pela criação do curso e revela que buscou alternativas junto à UnirG, enfrentando barreiras políticas, até que a proposta fosse viabilizada de forma gratuita pela Unitins:
“Foi um sonho, um privilégio. No Tocantins, era a primeira região a instalar o curso de Medicina gratuito pela Unitins. Hoje, o Bico-Papagaio tem a primeira faculdade gratuita de Medicina do estado.”
Segundo ele, houve um esforço coletivo, com o apoio de outros parlamentares, mas também um contexto de disputas institucionais e políticas:
“Criou-se um ciúme político entre o ex-governador e o então gestor da UnirG. Propus levar pela Unitins, e o governador, ao consultar a Casa Civil, sinalizou que era possível. A partir daí, fizemos o compromisso.”
A primeira turma do curso de Medicina da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), câmpus Augustinópolis, concluiu o ciclo clínico com a apresentação dos Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs), realizados entre os dias 26 de maio e 6 de junho de 2025. Com a finalização desta etapa, os alunos se preparam para iniciar o internato, fase final da graduação.
O curso foi implantado em 2021, com aulas no formato híbrido, combinando atividades teóricas remotas e práticas presenciais. A escolha de Augustinópolis como sede considerou a localização estratégica no Bico do Papagaio e a estrutura já existente no câmpus, que desde 2014 oferece o curso de Enfermagem. A estrutura física permitiu o aproveitamento e expansão dos laboratórios voltados à área da saúde. Além de Medicina e Enfermagem, o câmpus conta também com os cursos de Direito e Ciências Contábeis.
Todos os TCCs apresentados pela turma foram aprovados. Os trabalhos abordaram temas relacionados à realidade regional e à saúde pública. Um dos projetos desenvolveu um guia prático sobre sífilis gestacional voltado a gestantes do município. Outro produziu uma cartilha educativa para prevenção da infecção por HPV entre crianças e adolescentes nortistas.
As bancas foram acompanhadas por docentes da instituição e por membros da gestão acadêmica, incluindo a vice-reitora da Unitins, que atuou como orientadora em uma das pesquisas.
Com a conclusão dos TCCs, os alunos seguem para o internato, que compreende os dois últimos anos do curso. Nesse período, os estudantes passarão por rodízios em hospitais, postos de saúde e prontos-socorros, sob supervisão de profissionais da área, atuando diretamente no atendimento à população.
📍 Defesas realizadas entre 26 de maio e 6 de junho de 2025, no câmpus Augustinópolis.
🔗 Informações sobre a universidade: www.unitins.br
📷 Fotos: Reprodução / Curso de Medicina – Unitins
AUGUSTINÓPOLIS – Um creme hidratante desenvolvido a partir do óleo de buriti tem se destacado na Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), Câmpus Augustinópolis. A formulação, considerada inédita, foi criada pela estudante de Enfermagem Giovanna Evelin Conceição Lima, do 5º período, e é voltada para o cuidado com a pele de pessoas idosas e diabéticas.
De acordo com informações divulgadas pela assessoria da Unitins, o projeto foi desenvolvido no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti). A orientação ficou a cargo da professora doutora Lunalva Aurélio Pedroso, com colaboração da professora farmacêutica Márcia Guelma, da Unisulma, em Imperatriz (MA).
A proposta utiliza o óleo de buriti por suas propriedades antioxidantes, regeneradoras e anti-inflamatórias, sendo considerado um recurso natural abundante na região do Bico do Papagaio. A formulação aposta na junção entre conhecimento tradicional e inovação científica, com potencial de aplicação direta na área da saúde, especialmente na enfermagem.
A estudante teria ressaltado, segundo a divulgação oficial, que o desenvolvimento do creme busca uma solução terapêutica, e também a valorização dos recursos naturais regionais e o fortalecimento de comunidades locais por meio de práticas sustentáveis.
Ainda conforme a assessoria da universidade, a professora Lunalva avaliou o projeto como um avanço importante na interface entre ciência, saúde e meio ambiente. O próximo passo da equipe é encaminhar o pedido de registro da fórmula junto à instituição, com a expectativa de que o produto possa ser produzido em escala no futuro.
🌴 Você sabia? O poder do buriti vai além da hidratação
O buriti é uma palmeira típica das regiões de Cerrado e Amazônia, e seu fruto é considerado uma das maiores fontes naturais de betacaroteno, substância conhecida por suas propriedades antioxidantes. Rico em vitaminas A, C e E, além de ácidos graxos essenciais, o óleo extraído do buriti é amplamente utilizado na cosmética natural e em tratamentos para regeneração da pele. Além dos benefícios para a saúde, o fruto também tem grande importância socioeconômica para comunidades extrativistas, que fazem da coleta e comercialização uma importante fonte de renda sustentável.

Os acadêmicos do 4º período do curso de Medicina da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), Câmpus Augustinópolis, foram recebidos pela direção do Hospital Regional de Augustinópolis (HRAug) no auditório da unidade, nesta sexta-feira, 24, para receberem orientações acerca das regras e das condutas dentro do hospital durante o período em que permanecerem estagiando na unidade. A Coordenação de Medicina, bem como as assessorias pedagógicas do curso também participaram do encontro.
O encontro foi mediado pelo Núcleo de Educação Permanente (NEP) e contou com a presença da diretora-geral do HRAug, Cristiane Uchôa; do médico coordenador do Pronto Socorro da unidade e preceptor do curso de Medicina, Marcelo Romão; e das coordenações de todos os setores do hospital. A reunião marcou o início oficial das atividades do curso de graduação no HRAug, que a partir deste mês recebe semanalmente os acadêmicos da I Turma de Medicina da Unitins para aulas de Semiologia.

“Foi um momento muito significativo para a gente, porque, de fato, saímos unicamente da Atenção Primária e estamos acessando, também, outros níveis de complexidade. Hoje foi um marco, um dia para ficarmos mais calmos, conhecermos o hospital, a equipe e entender sobre a dinâmica das aulas e do estágio. Esperamos que tudo corra bem, que a gente possa aproveitar muito todas as oportunidades que teremos a partir de agora. Somos a primeira turma, aquela que ‘apanha’ mais, mas também aquela que é pioneira em tudo e que muitas vezes recebe mais acesso que as outras”, comemorou Vitor de Melo Ataídes, acadêmico do 4º período de Medicina da Unitins.
As orientações se concentraram, principalmente, no que diz respeito à Comissão de Controle de Infecção Hospital (CCIH), que realizou dinâmicas e repassou informações e regras fundamentais para o bom andamento das aulas e dos estágios.

“Hoje, eu sinto muita gratidão ao Estado do Tocantins, ao Governo do Tocantins, à reitoria da Unitins e à diretoria do hospital regional por se dedicarem para viabilizar a realização deste encontro e a efetivação desse curso. É uma felicidade muito grande. Esses acadêmicos que estão aqui, hoje, nesse momento histórico são o futuro do nosso Tocantins. Não tenho dúvidas que pelo menos metade deles deve ficar para trabalhar na região, como eles mesmos vêm verbalizando para nós. Agora, precisamos continuar trabalhando muito para aproveitar ao máximo a inteligência e habilidades dos nossos alunos”, agradeceu o coordenador do curso de Medicina/Câmpus Augustinópolis, Victor Giovannino.
Neste primeiro momento os acadêmicos vão iniciar as atividades por meio da disciplina de Semiologia. As aulas serão uma vez por semana e eles serão divididos em grupos de cinco alunos. Ao longo do cronograma de atividades, eles vão participar de um sistema de rodízio para que, ao final, tenham passado pela Clínica Médica, Ambulatório, Cirurgia, Ginecologia, Obstetrícia e Pediatria.
Para a diretora-geral do Hospital Regional de Augustinópolis, Cristiane Uchôa, o encontro foi realização de parte de um sonho regional. “Esse foi o primeiro contato dos alunos do curso de Medicina da Unitins com o Hospital. É mais um sonho de toda uma região sendo realizado. Estamos com muitas expectativas positivas para essa turma e nos colocamos à disposição. Com o apoio do Governo do Estado e da Secretaria do Estado da Saúde estamos organizando todos os fluxos e aumentando as especialidades do serviço”, comentou.

A diretora do Câmpus Augustinópolis, Gisele Padilha, agradeceu “ao apoio da reitoria, equipe de coordenação do curso de Medicina e Diretoria do HRAug na articulação, preparação e disponibilização do ambiente hospitalar para a prática de estágio dos alunos”. E completou: “Tenho certeza que será uma experiência exitosa para a formação dos médicos que serão formados pela Unitins”.
O reitor da Unitins, Augusto Rezende, também comemorou o marco e lembrou que a presença dos alunos de Medicina vem para fortalecer a área da saúde, uma vez que os acadêmicos de Enfermagem da Unitins já utilizam o hospital como campo de estágio.
“Eu vejo que os cursos de Medicina e Enfermagem se estruturam no Bico do Papagaio com um fator positivo que é o Hospital Regional de Augustinópolis e desde sempre a universidade tratou dessa parceria junto à Secretaria de Estado da Saúde e com a direção do HRAug. Nós ficamos gratos por essas portas abertas, e toda a documentação encaminhada pela Etsus [Escola Tocantinense do Sistema Único de Saúde] e devidamente validada. É um grande campo de prática e, com certeza, a gente vai ser bem recebido e evoluiremos sempre nessa parceria para a formação dos alunos”, assinalou o reitor.
(Texto: Ananda Portilho)
