Esperantina (TO) – A madrugada de domingo (14) amanheceu em luto para os moradores de Esperantina. O jovem Ygor Oliveira Santos, de 19 anos, morador do distrito de Vila Tocantins, perdeu a vida em um acidente trágico, poucas horas depois da tradicional Cavalgada que movimentou a cidade no sábado.
Era por volta das 5h40 quando Ygor seguia em sua motocicleta Honda Pop vermelha. No caminho, acabou batendo contra a estrutura metálica ainda montada para o evento. O impacto foi tão forte que a moto foi arremessada à frente, parando em frente ao palco. Ygor não resistiu aos ferimentos e morreu antes da chegada do socorro.
A Cavalgada de Esperantina, tradição que há anos reúne comitivas, moradores e visitantes da região, havia levado grande público às ruas. Entre a alegria das celebrações, marcada também por forte consumo de bebidas alcoólicas, ninguém poderia imaginar que a festa terminaria em tragédia.
A notícia da morte precoce do rapaz se espalhou rapidamente, causando comoção em Vila Tocantins e em toda a cidade. Amigos e familiares lamentaram a perda repentina de um jovem cheio de planos, cuja vida foi interrompida de forma brutal.
As circunstâncias do acidente seguem sendo apuradas.
Em Esperantina, a Escola Municipal Nova União se transformou em um verdadeiro sítio nesta sexta-feira, 12 de setembro, com início às 8h30. Mas não é um sítio comum: ele faz parte do projeto AEE (Atendimento Educacional Especializado), desenvolvido para crianças com necessidades especiais. Durante semanas, os estudantes da Sala de Recursos se envolveram em atividades lúdicas e sensoriais, que vão muito além da sala de aula.
A professora Cláudia Duarte Azevedo dos Santos, idealizadora do projeto, explica que o uso de fantoches de animais ajudou as crianças a explorar a linguagem, a escuta, a coordenação motora e, principalmente, o respeito pelos animais e pelas pessoas ao redor. “Trabalhamos também os sons de cada animal. Repetir e imitar esses sons ajuda a desenvolver a oralidade e a atenção das crianças, de forma divertida”, conta Cláudia.
A culminância do projeto foi um sítio montado dentro da escola, onde os estudantes puderam interagir com os animais, tirar leite, alimentar bichos e até servir um lanche aos convidados. Todas as turmas da escola participaram, acompanhadas de seus professores, tornando a experiência ainda mais rica e colaborativa.

A coordenadora da Secretaria de Educação Inclusiva do município, Maria Helena, acompanhou o evento e celebrou os resultados: “Ver as crianças se envolvendo, criando e aprendendo de forma tão prática é emocionante. É nesse tipo de projeto que percebemos o verdadeiro impacto da educação inclusiva em Esperantina.”





O projeto contou ainda com o apoio da diretoria e coordenação da escola, incluindo as coordenadoras Edna de Fátima Alves e Maria Antônia Barbosa e a cuidadora Adriele Santos, que estiveram presentes em todas as etapas, garantindo que cada detalhe fosse feito com carinho.
O projeto AEE da Escola Municipal Nova União mostra que a educação vai muito além do ensino tradicional. Em Esperantina, ele transforma aprendizado em brincadeira, e brincadeira em aprendizado, oferecendo às crianças experiências que ficarão guardadas para a vida toda.



Você lembra daquele meme da garotinha indignada no show da Xuxa? Ela olha para a câmera e solta: “que show da Xuxa é esse?” porque os adultos entraram e as crianças ficaram de fora. Pois bem, não encontrei pergunta melhor para resumir o que aconteceu na audiência pública sobre a criação da Área de Proteção Ambiental (APA) no Paleocanal do Rio Tocantins e no Bico do Papagaio.
Porque, convenhamos: a promessa era de escuta pública. Mas, na prática, virou um espetáculo político, com direito a discursos ensaiados e aplausos combinados. E olha que o palco era grandioso: estamos falando de uma região riquíssima, onde Cerrado e Amazônia se encontram. Um território com mais de 600 espécies de plantas já catalogadas, dezenas de animais ameaçados de extinção, e nada menos que 618 lagos mapeados. Tudo isso convivendo com comunidades tradicionais, ribeirinhos, quilombolas, quebradeiras de coco, pescadores, que há séculos tiram dali o sustento e a cultura.
Mas quem disse que eles tiveram voz? Muitos assinaram listas para falar, mas só os “escolhidos” pelo comando da mesa ganharam microfone. O resto? Figurantes de luxo. Plateia que aplaudia, mas não opinava. E a coreografia era sempre igual: bastava alguém dizer “sou contra” em tom firme e, pronto, a salva de palmas vinha automática. Nem precisava explicar por quê. Virou bordão de auditório.
No meio desse teatro, ainda teve prefeita que tentou se colocar como “pega de surpresa”, dizendo que não sabia da primeira reunião. Difícil engolir, já que vereadores do município estavam presentes. Essa mesma prefeita que em outros momentos anunciou recursos para o turismo da região (quais mesmo?) agora parece ter esquecido de apresentar qualquer detalhe. Ficou no ar a sensação de promessa repetida sem consistência.
E o relatório técnico do ICMBio? Trouxe números importantes: alertou sobre desmatamento, mineração, pesca predatória e erosão. Mostrou a fragilidade de um território que já sofre com degradação ambiental. Mas deixou perguntas no ar: como vai ser o zoneamento? De onde virá o dinheiro? Quem vai fiscalizar? Essa falta de resposta abre espaço para desconfiança… e a gente sabe muito bem o tipo de interesse que adora ocupar vácuos.
E tem um ponto que quase ninguém tocou: as mudanças climáticas. Estamos no meio do chamado “arco do desmatamento”, uma das áreas mais pressionadas do Brasil. Aqui, as secas estão cada vez mais longas, as cheias mais intensas, os rios assoreados, os solos perdendo fertilidade. Não é previsão, é realidade. Mas a audiência preferiu fingir que não viu.
No fim, ficou a sensação de que o futuro do Bico do Papagaio foi tratado como mais um programa de auditório: quem gritava mais alto contra a APA ganhava aplauso; quem tinha dúvida ou proposta concreta, ficava de fora.
E é aí que o meme volta a fazer sentido: que show da Xuxa é esse, minha gente? Uma escuta pública que não escutou. Um debate que virou espetáculo. Um assunto sério tratado como entretenimento.
Enquanto o mundo inteiro procura equilibrar preservação e desenvolvimento, aqui seguimos gastando energia em palcos improvisados. E a pergunta que não quer calar é: até quando?
Esperantina (TO), 28 de agosto de 2025 – Uma audiência pública convocada pela Prefeitura de Esperantina para discutir a criação de uma Área de Proteção Ambiental (APA) no Bico do Papagaio transformou-se em um forte ato de resistência contra a proposta.
O detalhe mais marcante: nenhum representante do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pelo projeto, compareceu ao encontro, deixando o palco aberto para críticas contundentes de prefeitos, vereadores, produtores rurais e lideranças comunitárias.
Clima de insatisfação
O espaço lotado refletia a tensão da comunidade. A cada fala, repetia-se a mesma posição: defesa da preservação ambiental, mas rejeição ao modelo de APA proposto pelo governo federal.
Autoridades destacaram o medo de insegurança jurídica, as restrições produtivas e os riscos para famílias que dependem diretamente da agricultura e da pesca.
O discurso da prefeita

Em um tom firme, a prefeita Maria Antonia Rodrigues dos Santos Silva (Tota do Francimar) sintetizou o sentimento coletivo:
“Amigos e amigas, estamos aqui hoje para discutir o futuro do Bico do Papagaio, e quero reafirmar de forma muito clara o meu posicionamento contrário à criação do Monumento Natural e da Área de Proteção Ambiental. Esta proposta, como está sendo colocada, coloca em risco centenas de famílias, gera insegurança jurídica e dificulta o acesso ao crédito rural.”
A fala da gestora foi recebida com aplausos e gritos de apoio da plateia.
Vozes uníssonas contra a APA

O vereador Lucas Ribeiro lembrou que participou da consulta pública anterior, mas que, após analisar relatórios técnicos, se posicionou contra:
“Eu não tenho o olhar técnico, mas tenho o olhar do pequeno e do grande produtor. E é por isso que digo: sou contra a criação dessa área. Precisamos preservar, sim, mas sem limitar os nossos produtores e sem travar a economia da região.”
Na mesma linha, o presidente da FAET (Federação da Agricultura e Pecuária do Tocantins), Luiz Cláudio Faria, fez um pronunciamento forte, recheado de dados:
“Hoje, o Tocantins já tem 27 milhões de hectares, e mais da metade desse território está preservado. Quem mais preserva o meio ambiente nesse Estado é o produtor rural. Não precisamos de mais áreas de conservação impostas de cima para baixo.”
Ele lembrou que muitas unidades já existentes não possuem sequer plano de manejo e que agricultores enfrentam embargos até para plantar mandioca ou vender gado.
Ausência do ICMBio gera críticas
Um dos pontos mais comentados durante a audiência foi a falta de representantes do ICMBio. Convidado oficialmente, o órgão não enviou nenhum técnico ou gestor para debater com a comunidade, o que aumentou a insatisfação dos presentes.
Encaminhamentos
Entre os presentes, a audiência contou com a prefeita de Esperantina, Maria Antonia Rodrigues dos Santos Silva, a prefeita de Buriti, Lucilene, vereadores da região e os deputados estaduais Amélio Cayres e Wiston Gomes, que se manifestaram firmes contra a proposta de criação da APA. Durante o evento, além de colher assinaturas da população contra o projeto, as autoridades garantiram que vão mover céus e terras para impedir a implementação da área de preservação, com o deputado Amélio destacando que já articula ações em Brasília e que, com união e organização dos municípios, será possível barrar o projeto.
Ao final, prefeitos, vereadores, sindicatos e federações reforçaram que o posicionamento do Bico do Papagaio é unânime: contra a criação da APA.
As manifestações devem ser encaminhadas formalmente ao ICMBio e ao governo federal, como forma de pressão política e social para barrar a proposta.










Na próxima quinta-feira (28 de agosto), às 15h, acontece em Esperantina, na Escola Municipal Nova União, uma audiência pública para debater a proposta do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) sobre a criação de novas áreas de preservação ambiental no Bico do Papagaio.
Entre as medidas apresentadas estão:
Área de Proteção Ambiental do Paleocanal do Rio Tocantins
Área de Proteção Ambiental do Bico do Papagaio
Monumento Natural do Bico do Papagaio
De acordo com a Prefeitura de Esperantina, a iniciativa tem o objetivo de ouvir moradores, produtores rurais, pescadores, ribeirinhos, agricultores familiares, comunidades quilombolas, associações, representantes do turismo e demais setores produtivos sobre os impactos dessas possíveis mudanças.
A administração municipal reforça que a decisão pode influenciar diretamente a vida da população local, seja nas atividades econômicas, sociais ou culturais. “É fundamental que todos participem, para que a voz da comunidade seja levada em consideração nesse processo”, destacou a Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
O encontro é aberto ao público e deve reunir autoridades, lideranças comunitárias e representantes de diferentes segmentos para dialogar sobre os benefícios e desafios que a criação das novas unidades de conservação pode trazer à região.
ESPERANTINA (TO) – Neste domingo, 17 de agosto, será realizada uma consulta pública em Esperantina, região do Bico do Papagaio, para debater a criação de duas novas unidades de conservação: a Área de Proteção Ambiental do Bico do Papagaio e o Monumento Natural do Bico do Papagaio. O encontro acontece às 14h, na Escola Municipal Nova União, localizada na Rua Imperatriz, 138, Vila do Gato.
O evento é promovido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, e tem como objetivo ouvir a comunidade local, lideranças e demais interessados sobre a proposta.
De acordo com o ICMBio, a consulta pública é uma etapa fundamental para a criação das Unidades de Conservação(UC), já que garante a participação da população diretamente impactada pela medida. A iniciativa busca alinhar o desenvolvimento regional à preservação ambiental, assegurando proteção à biodiversidade da região conhecida por sua riqueza natural e cultural.
As novas unidades pretendem contribuir para o fortalecimento das políticas ambientais no Tocantins e promover alternativas sustentáveis de uso dos recursos naturais.
Moradores de Esperantina e municípios vizinhos são convidados a participar ativamente do debate, que deverá definir os próximos passos do processo de implementação das áreas de conservação.
O Tribunal de Contas do Estado do Tocantins (TCE/TO) está cobrando a devolução de R$ 58 mil do ex-prefeito de Esperantina, Dr. Armando Alencar, por conta de um aluguel de dois caminhões feito sem contrato formal.
Segundo a investigação, durante o início de 2024, a prefeitura realizou pagamentos à empresa M.P. Empreendimentos e Locações de Máquinas Pesadas Ltda sem que houvesse previsão contratual para esses veículos. O contrato oficial, assinado em 2019, tratava da locação de seis caminhões para a coleta de lixo e entulhos. No entanto, auditoria apontou que outros caminhões foram incluídos indevidamente, com notas fiscais e empenhos emitidos sem comprovação do serviço.
Além do ex-prefeito, outras três pessoas da gestão municipal são responsabilizadas: o fiscal do contrato Pedro Henrique Lira Lopes, o secretário de Finanças Rogério Sousa Nunes e o diretor de Compras Antônio Francisco Pereira Santos. Todos foram notificados, mas não enviaram defesa ao TCE, sendo considerados ausentes no processo.
O Ministério Público de Contas recomendou não só a devolução dos valores, com correção e juros, como também a possibilidade de multa de até 100% sobre o valor do prejuízo.
O vereador Lucas Ribeiro comemorou seus 29 anos de uma forma especial: promovendo um momento de cuidado e autoestima para a população. Nesta segunda-feira (28), ele realizou a primeira edição do projeto “Um Dia de Beleza”, no Centro de Eventos João Caju, em Esperantina-TO.
O evento ofereceu corte de cabelo masculino e feminino, escova, prancha, manicure e pedicure, além de um delicioso café da manhã servido a todos os presentes. A ação foi pensada com carinho e contou com o apoio de diversos empreendedores da cidade, como cabeleireiros e manicures, que se colocaram à disposição para atender a comunidade.
“Estou feliz por estar comemorando meus 29 anos com vocês. A cada ano a gente quer aprimorar… É um evento simples, mas feito de coração”, declarou Lucas Ribeiro.
A população compareceu em peso, abraçando a iniciativa e participando das atividades. O evento também contou com a presença de autoridades como o prefeito de Axixá, Auri Wulange, a vereadora Geane e seu esposo, o ex-vereador Pedim, que prestigiaram a ação e parabenizaram o vereador pela iniciativa.
Essa foi a primeira ação desse tipo realizada no município, e Lucas Ribeiro já adiantou que pretende dar continuidade ao projeto, levando ainda mais ações sociais aos moradores de Esperantina.














Por Daiane Silva
“Um deles me pediu pra fazer o evento… eu não pensei duas vezes. Quis fazer acontecer e deixar os moleques viverem o que eles amam.” Foi com essa motivação que Luan Matos, conhecido na cidade por promover eventos de grau com moto, decidiu criar um espaço voltado exclusivamente para os jovens praticantes de manobras com bicicleta. Assim nasceu o 1º Encontro de Wheeling Bike Grau de Esperantina, realizado no último domingo, 15 de junho.
O evento aconteceu na Rua Rio Tocantins, próximo ao Estádio JK, e reuniu dezenas de jovens da cidade e da região que compartilham a paixão por pedalar em uma só roda.











Cada competidor teve um tempo determinado para mostrar suas habilidades, enquanto o público acompanhava de perto e votava nos destaques de cada categoria. A escolha dos vencedores foi feita de forma popular, criando um ambiente de interação direta entre plateia e competidores. A proposta foi valorizar o talento dos jovens da cidade e da região, promovendo inclusão, diversão e reconhecimento.
Com entrada gratuita, o encontro teve três modalidades premiadas.
Categorias e vencedores:
Melhor manobra
🏆 Rafael do Grau (Esperantina-TO)
Melhor grauzeiro (piloto destaque do evento)
🏆 Cabeludo (Vila Nova dos Martírios-MA)
Suicida mais longo (maior distância percorrida em manobra)
🏆 Igor (Vila Nova dos Martírios-MA)
Para Luan, a realização do evento representa mais que uma competição. É um reconhecimento ao talento e à dedicação dos jovens que encontram na bicicleta uma forma de expressão e diversão. “Aqui em Esperantina tem muita molecada boa no grau de bike. Eles mereciam esse espaço, esse momento pra mostrar o que sabem fazer. E ver a alegria deles foi o melhor retorno que eu podia ter.”
A estrutura do encontro contou com som automotivo, paredões e DJs, além do apoio de patrocinadores locais e cobertura da mídia digital da cidade. Segundo o organizador, os elogios recebidos tanto de quem participou quanto de quem acompanhou de longe já motivam os preparativos para uma nova edição.
“A próxima vai ser maior e ainda melhor. Já tô me preparando”, afirma Luan.

🏆 Rafael do Grau (Esperantina-TO)

🏆 Cabeludo (Vila Nova dos Martírios-MA

🏆 Igor (Vila Nova dos Martírios-MA)
A prática Wheeling
Pra quem curte bike e manobra, Wheeling é aquele rolê em que a bicicleta vira extensão do corpo. A palavra define a prática de empinar a magrela e mandar ver nas manobras em uma só roda. Quando a dianteira sobe e a traseira segura o jogo, é o famoso Grau, o queridinho da galera. Agora, se é a roda de trás que sai do chão, aí a parada é chamada de RL. No fim das contas, o nome pouco importa: o que vale mesmo é a vibe, a liberdade e a emoção de fazer o que se ama sobre duas rodas.