O Hospital Regional de Augustinópolis (HRAug) aderiu à campanha Agosto Lilás promovendo uma palestra voltada para a conscientização da população sobre o enfrentamento à violência contra as mulheres. O encontro aconteceu na quarta-feira (20), na sala de espera do Ambulatório de Especialidades Médicas (AEM), e foi conduzido pelo Núcleo de Educação Permanente (NEP) em parceria com o Serviço de Atenção Especializada à Pessoa em Situação de Violência Sexual (SAVIS).
Durante a atividade, a assistente social Célia Cirqueira destacou a importância do movimento. Segundo ela, a violência doméstica representa não apenas uma violação de direitos humanos, mas também um sério desafio para a saúde pública. “É essencial promover debates que transformem atitudes, fortaleçam políticas públicas e garantam que nenhuma mulher se sinta desamparada”, ressaltou.
A diretora-geral do HRAug, Vilma Jovino, reforçou que o hospital mantém o compromisso de realizar ações educativas e acolher vítimas de violência. “Nosso trabalho é pautado no respeito, no cuidado e na busca por uma sociedade mais igualitária e segura para todas as mulheres”, afirmou.
Para a coordenação do AEM, a mobilização reforça o papel da instituição na região. A iniciativa também destacou a relevância da Lei Maria da Penha como instrumento de proteção às mulheres em situação de vulnerabilidade.
Com ações como essa, o HRAug reafirma seu papel social no enfrentamento à violência de gênero, estimulando a população a romper o silêncio e buscar apoio.
Durante o mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher, ação ganha destaque com a voz comprometida de Daniela Caldas, delegada em Augustinópolis (TO), que conclama mulheres e homens a denunciar e proteger.
AUGUSTINÓPOLIS- Em pleno Agosto Lilás, campanha nacional de conscientização pelo fim da violência contra a mulher, instituída em 2022 em alusão à Lei Maria da Penha, a delegada Daniela Caldas, de Augustinópolis (TO), marcou posição em entrevista ao Quintus Podcast. Ela enfatizou que combater a violência é um dever coletivo, e que os efeitos desse crime não se limitam às mulheres, atingem toda a sociedade .
“Violência não é ruim só para a mulher, é ruim para todo mundo”, declarou Daniela. Ela reforçou que deseja para sua filha, e para todas as meninas, uma vida de dignidade e coragem: “Que saiba quanto custam as coisas, como funcionam, que denuncie e não se cale diante da violência. O que desejo para minha filha, desejo para todas as mulheres e para toda a sociedade.”
A delegada ressaltou ainda que o combate à violência é também uma tarefa dos homens: “E para toda a sociedade, pros homens, né? Que a gente possa viver uma sociedade sem violência.” Sua fala reforça que a cultura do silêncio deve ser rompida por todos.
Além de sensível e inspiradora, a fala de Daniela coincide com o propósito do mês: informar sobre canais de denúncia, como o Disque 180, mobilizar políticas públicas eficazes e fortalecer a educação como ferramenta de prevenção .
A delegada compartilhou também seus planos acadêmicos: pretende fazer mestrado, e quem sabe, um doutorado, com foco em pesquisa sobre os desafios enfrentados por mulheres no acesso às profissões jurídicas.

O episódio completo com sua entrevista está disponível no canal do Quintus Podcast no YouTube.
Texto: Daiane Silva | Foto: Reprodução/PodcastQuintus