“Cabeça de ovo, não!”: Bolsonaro interrompe Magno Malta e evita ataque direto a Alexandre de Moraes em ato na Paulista

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Por Daiane Silva | Foto: Reprodução

Durante o ato bolsonarista deste domingo (29), na Avenida Paulista, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) protagonizou uma cena inusitada: impediu o senador Magno Malta (PL) de repetir um apelido usado com frequência pela base bolsonarista nas redes sociais contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Ao perceber que Malta estava prestes a chamá-lo de “cabeça de ovo”, Bolsonaro deu um toque no ombro do aliado e o interrompeu discretamente, mas de forma clara.

O momento repercutiu nas redes sociais, onde apoiadores ironizaram a tentativa de “moderação” do ex-presidente. “O Malta esqueceu que o ato também é pela anistia do Moraes?”, escreveu um usuário no X (antigo Twitter), se referindo à tentativa do bolsonarismo de defender anistia aos investigados por atos golpistas.

Apesar da contenção no microfone, Alexandre de Moraes foi alvo de diversos ataques ao longo da manifestação. O pastor Silas Malafaia, um dos principais nomes no palanque, acusou o ministro de “ditador” e disse que ele manipula decisões para proteger delações que sustentam denúncias contra aliados de Bolsonaro. “Tem sangue nas mãos de Alexandre de Moraes. Ditador, tu vai dar conta a Deus”, afirmou Malafaia, mencionando um fiel da sua igreja, o “Clezão”, e arrancando gritos de “assassino” da multidão.

O ato também foi palco de mais uma fala emblemática de Bolsonaro sobre o futuro político. Mesmo inelegível até 2030, ele voltou a mirar 2026: “Se me derem 50% da Câmara e 50% do Senado, eu mudo o destino do Brasil, não importa onde eu esteja, aqui ou no além…”.

Nas redes, apelidos como “cabeça de ovo” (Alexandre de Moraes) e “rocambole dos infernos” (Flávio Dino) são recorrentes em comentários da base bolsonarista, como forma de escárnio e enfrentamento simbólico aos ministros que representam a atuação do Judiciário contra os atos antidemocráticos. Moraes, inclusive, já ironizou os apelidos em entrevistas, dizendo que são apenas parte do folclore criado por seus adversários online.


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