Hospital Regional de Augustinópolis

Campanha Junho Vermelho reforça a importância da doação de sangue em Augustinópolis

A Unidade de Coleta e Transfusão de Sangue de Augustinópolis realizou, na última quarta-feira (11), uma palestra educativa no Hospital Regional de Augustinópolis (HRAug), como parte das ações da campanha Junho Vermelho. A atividade teve como objetivo ampliar a conscientização da população sobre a doação voluntária de sangue.

Durante a ação, pacientes, acompanhantes e visitantes receberam orientações sobre quem pode doar, os cuidados necessários antes da doação e a importância de manter os estoques abastecidos. Segundo os enfermeiros Aurilene Batista e Romário Borges, responsáveis pela captação de doadores, a coleta regular é fundamental para atender a demanda de cirurgias, emergências e tratamentos diversos.

“Esse contato direto com a comunidade dentro das unidades de saúde é essencial. Muitas vezes, as pessoas têm vontade de doar, mas ainda possuem dúvidas ou medos que podem ser esclarecidos com uma conversa simples e acessível”, ressaltou Aurilene.

O aposentado José Antônio, que estava na recepção do hospital, elogiou a abordagem. “Aprendi muita coisa que não sabia e me senti seguro para doar. Foi uma conversa que veio na hora certa.”

A campanha Junho Vermelho tem como data central o Dia Mundial do Doador de Sangue, celebrado em 14 de junho, e busca incentivar a doação contínua e voluntária. A Unidade de Coleta de Augustinópolis atende de segunda a sábado, das 7h às 12h30.

Para doar, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar no mínimo 50kg, estar em boas condições de saúde e apresentar documento com foto. Regras específicas se aplicam para menores de idade, idosos e pessoas com restrições temporárias.



Recepção da internação do HRAUG_ Foto: Divulgação/ SES-TO

Bebê indígena morre à espera de vaga em UTI no Hospital Regional de Augustinópolis

AUGUSTINÓPOLIS- Uma bebê da etnia Apinajé, identificada como Cibelly Apinajé, de seis meses de idade, faleceu no Hospital Regional de Augustinópolis na madrugada da última terça-feira (10). A criança aguardava transferência para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Segundo familiares, a bebê apresentou sintomas por algumas semanas e foi levada diversas vezes ao hospital. A internação só ocorreu no sábado (7), após insistência da família. Os parentes relatam que houve demora no atendimento e na solicitação de transferência para uma unidade com suporte intensivo.

O avô da criança, Antônio Apinajé, afirmou que a família buscou atendimento mais de uma vez e questionou o tempo de espera para a transferência. “Fala que o médico não encaminha porque não tem vaga. O paciente já em situação grave fica jogado. Eles não tratam de encaminhar para onde tem recurso para tratar o paciente”, disse.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que a criança deu entrada na unidade hospitalar com quadro clínico estável, sem necessidade imediata de transferência, conforme avaliação médica. Ainda segundo a secretaria, houve agravamento do estado de saúde na madrugada do dia 10, momento em que foi solicitado um leito de UTI. A bebê faleceu antes da liberação da vaga.

Um vídeo gravado pela família mostra a criança na aldeia com sinais de dificuldade respiratória. O caso gerou manifestações da comunidade indígena Apinajé sobre a necessidade de melhorias no atendimento e transporte para pacientes em áreas mais afastadas.