Durante um vídeo divulgado nas redes sociais neste sábado (2), o prefeito de Axixá do Tocantins, Auri-Wulange, fez um desabafo contundente sobre as condições das vias federais que cortam o município e criticou diretamente a atuação do superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Tocantins.
O gestor afirmou que a situação das estradas é crítica e que o problema vai muito além de simples serviços de tapa-buraco. “A cidade se transformou, especialmente nesse setor, em um buraco só”, declarou. Segundo ele, a prefeitura tem buscado diálogo com o DNIT, mas foi surpreendida com a postura desrespeitosa do atual superintendente no Estado.
“Colocaram um moleque insensível, um cara que faz piada com o sofrimento dos outros”, reclamou Auri-Wulange, visivelmente indignado. Ele reforçou que sempre teve respeito pelo órgão federal e que foi bem recebido no Ministério dos Transportes, mas considera inaceitável a postura adotada pelo atual representante do DNIT no Tocantins.
O prefeito finalizou o vídeo com um recado firme: “Ou faz o serviço bem feito ou não faz. Nós não aceitamos, em hipótese nenhuma, que isso aconteça na nossa cidade. Queremos respeito.”
A manifestação ganhou grande repercussão entre os moradores da cidade, que enfrentam diariamente os problemas nas vias de acesso. Até o momento, o DNIT ainda não se pronunciou sobre as declarações do prefeito.
O superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Tocantins, Luiz Antônio Garcia, esteve em Augustinópolis nesta quinta-feira (31) para discutir a recuperação da Avenida Goiás, uma das principais vias da cidade. A reunião aconteceu no gabinete do prefeito e contou com a presença de representantes do município.
Entre os temas abordados, esteve a substituição de solos em áreas alagadiças, medida considerada essencial para garantir mais durabilidade à obra. A intervenção é aguardada há anos por moradores e motoristas que utilizam a avenida diariamente.
Segundo informações repassadas durante o encontro, o projeto conta com articulação do deputado federal Ricardo Ayres, que tem atuado para garantir recursos federais para obras na região do Bico do Papagaio.
A Avenida Goiás liga diferentes bairros e é um dos principais corredores de tráfego urbano da cidade. Nos períodos de chuva, parte da via costuma apresentar problemas, como afundamento e buracos.
Ainda não há data oficial para o início das obras.
Com mais de 95% das obras concluídas, a ponte sobre o Rio Araguaia, que vai ligar Xambioá (TO) a São Geraldo do Araguaia (PA), ainda não tem previsão concreta de entrega. Apesar da estrutura principal estar praticamente finalizada, a falta dos acessos impede a liberação para o tráfego de veículos. O impasse está no lado paraense, onde os processos de desapropriação seguem em andamento. No Tocantins, essa etapa já foi concluída no início de 2025.
O projeto, que teve início ainda em 2017, durante o governo Michel Temer, acumulou atrasos, mudanças no orçamento e disputa judicial. Orçada inicialmente em R$ 132 milhões, a ponte hoje já ultrapassa os R$ 230 milhões, somando os custos da estrutura e dos acessos.
Enquanto isso, a travessia entre os dois estados continua sendo feita por balsas — um serviço que enfrenta dificuldades logísticas, principalmente durante o período de estiagem. Recentemente, uma das embarcações colidiu com um dos pilares da ponte em construção, o que levou à suspensão temporária da balsa envolvida no acidente. Segundo a Marinha do Brasil, uma investigação foi aberta para apurar as causas da colisão.
A ponte terá 1.724 metros de extensão e, segundo o governo federal, deve beneficiar mais de 1,5 milhão de pessoas, facilitando o escoamento da produção e o deslocamento entre os estados. No entanto, enquanto os acessos não forem construídos, trecho que exige cerca de R$ 28,6 milhões adicionais, a estrutura segue sem utilidade prática.
As audiências de conciliação para resolver as desapropriações no Pará estão previstas para os dias 6 e 7 de agosto. Mesmo com previsão de entrega até o fim de 2025, a indefinição preocupa moradores e motoristas que seguem enfrentando longas filas e atrasos na travessia.
Foto: Ricardo Botelho
Cinco meses após o trágico desabamento da antiga ponte sobre o rio Tocantins, as obras da nova estrutura que ligará os estados do Tocantins e Maranhão pela BR-226 seguem em ritmo acelerado e já atingiram 35% de execução. A informação foi divulgada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
A nova Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira está sendo construída entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), no mesmo local onde, em 22 de dezembro de 2024, a estrutura anterior desabou, provocando a morte de 14 pessoas. Três continuam desaparecidas e uma ficou ferida no acidente.
O DNIT informou que as fundações da nova ponte foram finalizadas e que, no momento, as equipes estão concentradas na construção da mesoestrutura — etapa que envolve pilares e travessas. Já foram erguidos 18 dos 26 pilares previstos e instaladas 24 fundações.
Além disso, estão em andamento os trabalhos de colocação de 45 vigas pré-moldadas. Nas próximas fases, devem ser utilizadas 2.088 pré-lajes pré-fabricadas, o que deve acelerar o ritmo da obra.
De acordo com o projeto, a nova ponte terá um comprimento total de 630 metros — cem metros a mais do que a estrutura anterior — e um vão central de 154 metros. O investimento é de R$ 171,9 milhões, com recursos do Governo Federal.
A entrega da ponte está prevista para ocorrer até o dia 22 de dezembro de 2025, exatamente um ano após o desabamento da antiga estrutura.
