Decisão Judicial

Justiça manda Governo pagar progressões atrasadas a servidor cedido em Augustinópolis

Um servidor público do Tocantins ganhou na Justiça o direito de receber todas as progressões (avanços na carreira) que o Governo havia negado a ele. A decisão saiu neste mês de setembro, na 1ª Vara de Augustinópolis, e também obriga o pagamento de valores atrasados desde 2008.

O que aconteceu

Esse servidor, identificado como S.L.P., trabalhou cedido para a Prefeitura de Augustinópolis entre 2006 e 2009. Ele foi enviado para o município por interesse público, ou seja, com autorização do próprio Estado. Durante esse período, o Governo deixou de avaliar o servidor, e por isso negou suas progressões de 2008 e 2010, o que também prejudicou avanços posteriores até 2022.

O que a Justiça decidiu

O juiz entendeu que o servidor cumpriu todos os requisitos para ter direito às progressões, como tempo mínimo de serviço, boas notas nas avaliações e cursos de capacitação. Mesmo assim, o Governo do Estado havia negado os benefícios.

A sentença determinou:

  • Reconhecimento imediato de todas as progressões horizontais e verticais que o servidor deveria ter recebido;
  • Correção dos registros funcionais do servidor;
  • Pagamento de todos os valores retroativos desde 2008, com juros e correção.

A importância da decisão

Segundo Cleiton Pinheiro, presidente da Associação de Assistência Jurídica dos Servidores Públicos (AJUSP-TO), que entrou com a ação, a decisão corrige uma injustiça que já durava 17 anos:

“Essa vitória mostra que o servidor não pode se calar diante das negativas da administração. É preciso lutar pelos seus direitos.”

Orientação

A AJUSP-TO reforça que outros servidores que estejam passando por problemas parecidos podem procurar a associação para receber orientação e apoio jurídico.

Empresa acusa Prefeitura de Araguatins, mas Justiça descarta intervenção

Por Daiane Silva | Foto: Divulgação Prefeitura de Araguatins


O Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO) rejeitou, de forma unânime, o pedido de intervenção estadual na Prefeitura de Araguatins. A solicitação foi feita pela empresa BM Extração de Areia, Cascalho e Pedregulhos Ltda., que alegava descumprimento de decisões judiciais por parte da gestão municipal.

Segundo a empresa, a Prefeitura se negava a cumprir determinações favoráveis já transitadas em julgado desde 2022, relacionadas à liberação de alvarás e uso do solo. Além disso, a petição apresentava denúncias de corrupção e abuso de poder envolvendo o prefeito Aquiles Pereira de Sousa.

Apesar das acusações e dos documentos anexados pela empresa, o TJTO entendeu que não havia fundamentos legais suficientes para autorizar a medida. O relator do caso, desembargador João Rigo Guimarães, considerou frágeis os argumentos apresentados e reforçou que a intervenção só pode ser aplicada em casos excepcionais.

Com a decisão, o tribunal manteve a autonomia administrativa do município e arquivou o processo.

Nota publicada nas redes sociais do prefeito Aquiles em colaboração com a prefeitura de Araguatins