Um protocolo registrado na Ouvidoria do Ministério Público do Tocantins (MPTO) trouxe à tona denúncias de supostas irregularidades envolvendo a atual presidente da Câmara Municipal de Xambioá, vereadora Adriana. O documento, datado de 4 de dezembro de 2024, foi enviado de forma anônima por um morador da cidade que relata insatisfação com o uso de recursos públicos no município.
Segundo o relato, a obra realizada no prédio da Câmara foi anunciada como uma nova sala de reuniões para os vereadores, mas teria se transformado apenas em um anexo pequeno e administrativo, apelidado por populares de “quitinete da Adriana”. A denúncia aponta que a construção teria custado quase R$ 1 milhão, valor considerado desproporcional diante da dimensão do espaço entregue.
O documento também levanta suspeitas de que, paralelamente à execução da obra pública, a presidente da Câmara teria iniciado uma construção em sua própria residência, o que gerou questionamentos na comunidade.
Além disso, o denunciante cita indícios de uso irregular de combustível, possível existência de depósito clandestino e menções a suposta prática de agiotagem envolvendo familiares da vereadora. Há ainda acusações de compra de votos durante a eleição para a Mesa Diretora da Câmara.
O histórico de controvérsias da parlamentar também é mencionado. De acordo com a denúncia, a vereadora já teria sido alvo de questionamentos sobre o uso de veículos oficiais em atividades pessoais, incluindo um acidente com perda total de um automóvel da Câmara durante viagem a Araguaína.
O manifestante cobra atuação mais firme do Ministério Público em Xambioá, alegando que processos envolvendo a vereadora estariam parados há anos. “É revoltante ver tudo isso acontecer a olho nu e nada ser feito”, afirma no documento.
Até o momento, não há posicionamento oficial da Câmara Municipal de Xambioá nem da vereadora Adriana sobre as acusações. O Ministério Público do Tocantins também não se manifestou publicamente a respeito da denúncia registrada.