São Paulo

Polícia Civil prende em São Miguel homem que fugiu do presídio de Tremembé há quase cinco anos

Um homem condenado por tráfico de drogas e roubo foi preso nesta quinta-feira (16) pela Polícia Civil em São Miguel do Tocantins, no extremo norte do estado. A ação foi realizada por equipes da 16ª Delegacia de Polícia (DP) após investigações que apontaram que o foragido estaria escondido na região.

Segundo o delegado Antônio Bandeira, responsável pela operação, o suspeito, identificado apenas pelas iniciais C.A.A., de 29 anos, tinha mandado de prisão expedido pela Justiça de São José dos Campos (SP). Ele foi localizado no Setor Novo Horizonte, onde vivia de forma discreta desde que fugiu do sistema prisional paulista.

Durante a abordagem, o homem tentou enganar os policiais apresentando um documento de identidade falso. A farsa foi descoberta no momento da verificação, quando os agentes confirmaram sua verdadeira identidade. Além do mandado de recaptura, ele também foi autuado em flagrante por uso de documento falso.

Após o cumprimento da prisão, o condenado foi encaminhado à Central de Atendimento da Polícia Civil em Araguatins e, posteriormente, transferido para a cadeia pública da cidade, onde permanecerá à disposição da Justiça.

De acordo com as investigações, o preso cumpria pena em regime semiaberto no presídio de Tremembé (SP) por tráfico e roubos majorados. Ele havia recebido o benefício da saída temporária de Natal em 2020, mas não retornou à unidade prisional, passando a ser considerado foragido desde então.

O delegado Bandeira ressaltou que a prisão representa mais um passo no trabalho de repressão a foragidos que tentam se esconder no Tocantins. “Conseguimos localizar e prender um homem condenado por crimes graves, que estava foragido há quase cinco anos. É uma ação que reforça o compromisso da Polícia Civil com o cumprimento da lei e a segurança da população”, afirmou.

“Quem assumir a liderança vai mandar mais que o presidente”, diz Bolsonaro ao defender maioria no Congresso em 2026

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Texto: Daiane Silva |Foto: Rovena Rosa

São Paulo, 29 de junho de 2025

Durante manifestação neste domingo (29), na Avenida Paulista, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que seus aliados precisam conquistar maioria no Congresso Nacional nas eleições de 2026. Segundo ele, com 50% da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, será possível “mudar o destino do Brasil”, independentemente de onde ele esteja, “aqui ou no além”.

“Se vocês me derem 50% da Câmara e 50% do Senado em 2026, a gente muda o destino do Brasil. Não interessa onde eu esteja, aqui ou no além. Quem assumir a liderança vai mandar mais que o presidente da República”, declarou Bolsonaro durante seu discurso.

O ex-presidente ainda destacou que, com maioria no Congresso, sua base poderá eleger os presidentes da Câmara, do Senado e do Congresso Nacional, influenciando diretamente os rumos do poder Legislativo.

O ato, organizado pelo pastor Silas Malafaia, reuniu apoiadores de Bolsonaro no centro de São Paulo. Entre os presentes estavam os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Romeu Zema (Novo-MG), Cláudio Castro (PL-RJ) e Jorginho Mello (PL-SC), além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

Com o lema “Justiça Já”, a manifestação concentrou críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que é uma das peças centrais nos inquéritos que investigam tentativa de golpe após as eleições de 2022.

Bolsonaro participa de ato na Paulista com aliados e fala em “justiça já”

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Por Daiane Silva |Foto: Miguel SCHINCARIOL / AFP

São Paulo, 29 de junho de 2025

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniram neste domingo (29) na Avenida Paulista, no centro de São Paulo, para um ato convocado pelo pastor Silas Malafaia. A manifestação teve como lema “Justiça Já” e começou por volta das 14h, nas proximidades do vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp).

Além de Bolsonaro, estiveram presentes:

  • Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo
  • Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais
  • Cláudio Castro (PL), governador do Rio de Janeiro
  • Jorginho Mello (PL), governador de Santa Catarina
  • Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL

Durante o ato, manifestantes usavam roupas nas cores verde e amarela e carregavam bandeiras do Brasil, dos Estados Unidos e de Israel. A concentração principal aconteceu próximo ao cruzamento da Avenida Paulista com a Alameda Ministro Rocha Azevedo, onde foi montado um palco.

O pastor Silas Malafaia declarou que “o número [de participantes] é menos importante” e que a manifestação servia para marcar posição. O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) também comentou sobre a presença do público: “Desafio a esquerda brasileira a colocar 10% da quantidade de gente que tem aqui hoje.”

O protesto teve como foco o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) envolvendo a delação premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. Bolsonaro e seus aliados têm criticado a delação.

Em março, a Primeira Turma do STF decidiu, por unanimidade, aceitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), tornando réu o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados, sob a acusação de tentativa de golpe de Estado em 2022.

No dia 10 de junho, Bolsonaro prestou depoimento no âmbito das investigações. Na oitiva, negou as principais acusações, buscou contextualizar reuniões com militares, admitiu exageros na retórica contra o sistema eleitoral e afirmou que não teve envolvimento com planos ilegais.

A proposta de anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, defendida por aliados de Bolsonaro, perdeu força no Congresso. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), não colocou o projeto em pauta.