Ministério Público do Tocantins

MP apura salários abaixo do mínimo em Colméia e suspeita de perseguição a servidores

COLMÉIA (TO) – O Ministério Público do Tocantins (MPTO) abriu uma investigação contra a Prefeitura de Colméia após denúncias de irregularidades na contratação e remuneração de profissionais da saúde. A cidade, com cerca de 8 mil habitantes, está sendo acusada de pagar salários abaixo do mínimo legal e de promover assédio moral contra servidores efetivos.

De acordo com a denúncia recebida pela Ouvidoria do MP, técnicos em enfermagem estariam sendo pressionados a aceitar redução de carga horária com remuneração proporcional de apenas R$ 759, ou a pedir licença dos cargos. A medida teria como objetivo abrir espaço para novas contratações temporárias, o que estaria sendo usado como forma de perseguição política.

O problema se agravou após a sanção da Lei Municipal nº 1.014/2025, que autorizou contratações temporárias com valores inferiores ao piso nacional. A lei prevê salário de R$ 759 para jornada de 20 horas semanais, o que, segundo o MP, viola os direitos constitucionais dos trabalhadores e a Lei Federal nº 14.434/2022, que institui o piso da enfermagem.

A 2ª Promotoria de Justiça de Colméia expediu recomendação à Prefeitura e à secretária de Saúde, determinando a suspensão imediata dos contratos irregulares. O município também terá que apresentar, em até 10 dias úteis, todos os contratos firmados com técnicos de enfermagem, comprovando carga horária, salários e regularidade dos vínculos.

A Prefeitura de Colméia ainda não se manifestou sobre o caso.

Advogado é preso em Xambioá após investigação do MPTO por crimes contra clientes

Um advogado foi preso preventivamente na manhã desta quarta-feira (5), em Xambioá, no norte do Tocantins, após investigação do Ministério Público do Tocantins (MPTO). A prisão foi solicitada pelo promotor de Justiça Helder Lima Teixeira e acatada pela 1ª Escrivania Criminal da cidade.

De acordo com o MPTO, o profissional é suspeito de cometer diversos crimes enquanto exercia a advocacia, como apropriação indébita majorada, falsificação de documento público e patrocínio infiel. A decisão judicial destaca a “habitualidade criminosa” do investigado e o fato de que ele se aproveitava da condição de advogado para enganar clientes em situação de vulnerabilidade.

Em um dos casos, o advogado teria cobrado valores indevidos de um agricultor, ao mesmo tempo em que já havia comprado o imóvel que era objeto da ação judicial. Além disso, ele teria apresentado à família da vítima um despacho falso, mesmo sem ter sequer protocolado a ação. O caso envolve ainda a suspeita de conflito de interesses.

Segundo a Promotoria de Justiça, esse não é um fato isolado. O advogado responde a outras quatro ações penais na comarca, todas relacionadas a práticas ilícitas no exercício da profissão, com prejuízo a clientes humildes.

A investigação continua sob responsabilidade do MPTO.