A Seleção Brasileira de Futebol Feminino prestou uma homenagem à ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, na sexta-feira (30), antes do amistoso contra o Japão, na Arena Neo Química, em São Paulo. O gesto simbólico foi uma resposta aos ataques misóginos sofridos pela ministra no Congresso Nacional, e marcou também os 130 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Japão.
A homenagem destacou o protagonismo feminino no esporte, na política e na sociedade. Durante a cerimônia, uma das jogadoras resumiu o sentimento coletivo ao afirmar:
“O futebol feminino é resistência.”
Em entrevista, Marina Silva declarou ter recebido a homenagem como um “símbolo de resistência”. A ministra foi alvo de ataques verbais do senador Plínio Valério (PSDB-AM), durante sessão da Comissão de Infraestrutura no Senado, na última terça-feira (27).
“Eu estou falando com a ministra. Porque a mulher merece respeito; a ministra, não. Por isso que eu quero separar”, afirmou o parlamentar.
Essa não foi a primeira vez que o senador ofendeu Marina. Em março, durante uma audiência da CPI das ONGs, ele declarou:
“Imagine o que é tolerar a Marina 6 horas e 10 minutos sem enforcá-la?”
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) afirmou, em nota, que a ocasião reforça seu compromisso com a valorização do futebol feminino como instrumento de equidade, visibilidade e transformação social. O amistoso entre Brasil e Japão integrou o calendário oficial da seleção e foi palco de mensagens de empoderamento e solidariedade.
