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Corpo de empresário desaparecido é achado sob ponte em Araguaína, enrolado em tapete

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A Polícia Civil investiga a morte de um empresário de 75 anos cujo corpo foi encontrado enrolado em tecidos, debaixo de uma ponte nas margens do Rio Lontra, em Araguaína, norte do Tocantins, nesta quinta-feira (10). José Paulo Couto estava desaparecido desde a quarta-feira (9).

O caso começou a ser desvendado após a Polícia Militar receber denúncia sobre um veículo abandonado no Setor Dom Orione. O carro, um Renault Oroch pertencente à vítima, estava com a placa adulterada com fita isolante. Após perícia, o automóvel foi levado para a Delegacia Especializada.

Pouco depois, uma nova ligação via 190 alertou sobre a presença de um corpo em uma área próxima ao frigorífico LKJ. Os policiais confirmaram a existência de um cadáver masculino com indícios de agressão e tentativa de ocultação. Familiares fizeram o reconhecimento preliminar da vítima no local.

A investigação está a cargo da 2ª Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal para exames de necropsia, que devem confirmar a identidade e esclarecer a causa da morte.

Até o momento, nenhum suspeito foi preso. A polícia segue ouvindo testemunhas e analisando imagens de câmeras de segurança para esclarecer as circunstâncias do crime.




José Paulo Couto estava desaparecido desde a quarta-feira (9) | Foto: Divulgação

Buriti (TO): Crime contra idosa de 62 anos permanece sem resposta

Maria de Fátima Oliveira, de 62 anos, foi encontrada morta dentro de casa no município de Buriti do Tocantins, no dia 7 de novembro de 2024. Inicialmente, o boletim de ocorrência apontava morte por causas naturais. No entanto, a família desconfiou da versão e solicitou uma perícia. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou que a idosa foi agredida até a morte.

De acordo com a filha da vítima, Núbia Lafaete, Maria de Fátima não utilizava bancos ou aplicativos para movimentações financeiras, preferindo guardar dinheiro em casa. Após a morte, os familiares não encontraram valores na residência, o que aumentou a suspeita de crime.

O laudo do IML, concluído em 29 de novembro, apontou lesões no rosto, fratura em uma costela e escoriações nos joelhos e cotovelos, indicando que a vítima foi arrastada. A causa da morte foi asfixia. O documento técnico informa que Maria de Fátima foi morta em um cômodo diferente do local onde foi encontrada, e que o ambiente foi descaracterizado posteriormente.

A perícia não encontrou sinais de uso de armas ou objetos para provocar as lesões. A conclusão foi de que a idosa sofreu agressões físicas com as mãos e os pés.

A Secretaria da Segurança Pública do Tocantins informou que o caso segue sob investigação. Até o momento, nenhum suspeito foi preso.

Paraíso (TO): Líder religioso é indiciado por crimes virtuais após discussão política em grupo de igreja

Por Daiane Silva | Foto: Adrielly Calixto

A Polícia Civil do Tocantins concluiu nesta quinta-feira, 26, uma investigação que apurava ofensas e ameaças ocorridas em um grupo de mensagens de uma igreja em Paraíso do Tocantins. O caso envolveu um líder religioso de 55 anos, que foi indiciado por ameaça e injúria contra outro membro do grupo.

Segundo informações da 63ª Delegacia de Polícia de Paraíso, o conflito teve início após divergências políticas entre os participantes do grupo. Após ser removido da conversa por um dos integrantes, o líder religioso retornou com mensagens provocativas. Em seguida, após nova exclusão, ele enviou mensagens com conteúdo ofensivo e ameaçador direcionadas a um homem de 34 anos.

A vítima procurou a delegacia, registrou boletim de ocorrência e manifestou desejo de representar criminalmente contra o autor. Com base nas provas reunidas, o delegado José Lucas Melo concluiu o inquérito e o encaminhou ao Ministério Público.

“O caso é um exemplo de como as discussões políticas têm ultrapassado limites e gerado conflitos até mesmo em ambientes de fé, onde o respeito deveria prevalecer. É importante destacar que o ambiente virtual também é regido pela lei, e quem comete crimes nesse espaço pode ser responsabilizado, ressaltou o delegado.

A Polícia Civil reforça que continuará atuando contra todas as formas de violência, inclusive aquelas praticadas em meios digitais.

Prefeito de Palmas é investigado por vazar decisões judiciais e vira alvo da Polícia Federal

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Na manhã desta sexta-feira (30), a Polícia Federal deflagrou a 9ª fase da Operação Sisamnes, que apura um suposto esquema de venda e vazamento de decisões judiciais do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Um dos alvos da operação foi o prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos, que teve sua casa e seu gabinete na prefeitura vasculhados pelos agentes federais.

Além da residência e do gabinete do prefeito, também foram realizadas buscas na unidade penal de Palmas. A ação foi autorizada pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), e incluiu o cumprimento de um mandado de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão no estado do Tocantins.

Eduardo Siqueira nega irregularidades

Em resposta à operação, o prefeito Eduardo Siqueira negou qualquer envolvimento com esquemas de corrupção ou vazamento de decisões judiciais. “Sou fonte de muita gente”, afirmou em entrevista, tentando justificar o fato de ter sido citado em conversas relacionadas ao vazamento de informações sigilosas. Ele também declarou estar colaborando com as autoridades e disposto a esclarecer todos os fatos.

Entenda por que a operação está acontecendo

A Operação Sisamnes foi iniciada após a Polícia Federal ter acesso a mensagens encontradas no celular de um advogado assassinado em Mato Grosso, que indicavam a existência de uma rede criminosa formada por advogados, servidores públicos e autoridades. O grupo estaria envolvido na negociação de sentenças e no repasse de informações sigilosas sobre investigações em andamento.

Segundo a PF, os integrantes dessa rede criminosa frustravam o trabalho policial ao vazar decisões judiciais e operações em sigilo, beneficiando investigados em processos sensíveis. A investigação revelou ainda que valores poderiam ter sido pagos para que decisões fossem manipuladas ou antecipadas.

O nome da operação faz referência a Sisamnes, um juiz persa da Antiguidade que foi exemplarmente punido por se corromper no exercício da magistratura — uma metáfora para o rigor com que a Justiça busca lidar com esse tipo de crime.

Próximos passos

As investigações continuam em sigilo, e a Polícia Federal não descarta novas fases da operação. A Prefeitura de Palmas ainda não se pronunciou oficialmente por meio de nota institucional até o momento desta publicação.

Prefeito Eduardo Siqueira Campos (Podemos) comenta Operação Sisamnes em coletiva de imprensa — Foto: Stefani Cavalcante/g1 Tocantins