Ato na Paulista

Bolsonaro participa de ato na Paulista com aliados e fala em “justiça já”

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Por Daiane Silva |Foto: Miguel SCHINCARIOL / AFP

São Paulo, 29 de junho de 2025

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniram neste domingo (29) na Avenida Paulista, no centro de São Paulo, para um ato convocado pelo pastor Silas Malafaia. A manifestação teve como lema “Justiça Já” e começou por volta das 14h, nas proximidades do vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp).

Além de Bolsonaro, estiveram presentes:

  • Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo
  • Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais
  • Cláudio Castro (PL), governador do Rio de Janeiro
  • Jorginho Mello (PL), governador de Santa Catarina
  • Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL

Durante o ato, manifestantes usavam roupas nas cores verde e amarela e carregavam bandeiras do Brasil, dos Estados Unidos e de Israel. A concentração principal aconteceu próximo ao cruzamento da Avenida Paulista com a Alameda Ministro Rocha Azevedo, onde foi montado um palco.

O pastor Silas Malafaia declarou que “o número [de participantes] é menos importante” e que a manifestação servia para marcar posição. O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) também comentou sobre a presença do público: “Desafio a esquerda brasileira a colocar 10% da quantidade de gente que tem aqui hoje.”

O protesto teve como foco o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) envolvendo a delação premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. Bolsonaro e seus aliados têm criticado a delação.

Em março, a Primeira Turma do STF decidiu, por unanimidade, aceitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), tornando réu o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados, sob a acusação de tentativa de golpe de Estado em 2022.

No dia 10 de junho, Bolsonaro prestou depoimento no âmbito das investigações. Na oitiva, negou as principais acusações, buscou contextualizar reuniões com militares, admitiu exageros na retórica contra o sistema eleitoral e afirmou que não teve envolvimento com planos ilegais.

A proposta de anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, defendida por aliados de Bolsonaro, perdeu força no Congresso. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), não colocou o projeto em pauta.