Crime foi motivado pelo fim do relacionamento e corte de ajuda financeira. Corpo do empresário já havia sido encontrado no início do mês, como noticiado pelo Bicoline
“Eles discutiram, ela conseguiu contê-lo, amarrá-lo e, depois, o estrangulou. Na sequência, usou uma faca para desferir golpes”, afirmou o delegado Adriano Carvalho ao revelar os detalhes do assassinato do empresário José Paulo Couto, de 75 anos, em Araguaína, norte do Tocantins.
O caso, que inicialmente parecia um desaparecimento, teve reviravolta nas investigações. Conforme o Bico Online já havia informado, o corpo de José Paulo foi encontrado no dia 10 de julho, enrolado em panos e com sinais de violência, sob uma ponte da Avenida Frimar. Agora, a Polícia Civil confirma que ele foi assassinado pela mulher com quem mantinha um relacionamento extraconjugal.
A motivação do crime foi revelada durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (16). Segundo a investigação, o empresário comunicou à companheira, de 45 anos, que queria terminar a relação e reduzir o valor de um auxílio mensal que repassava a ela. A discussão entre os dois evoluiu para uma briga, onde a mulher teria conseguido imobilizá-lo.
De acordo com o laudo do IML, José Paulo morreu por asfixia, causada por estrangulamento, e também sofreu cortes profundos no pescoço e uma fratura no punho esquerdo, sinais de que foi torturado antes da morte. Após o crime, ela enrolou o corpo em tecidos e pediu ajuda à irmã, de 43 anos, para se livrar do cadáver.
Além disso, a polícia descobriu que a suspeita pediu para que um terceiro retirasse o carro da vítima da frente da casa dela e o deixasse em um terreno baldio. O veículo estava com a placa adulterada com fita isolante e foi localizado no mesmo dia em que o corpo foi encontrado.
Durante o depoimento, a suspeita confessou que se desfez das joias e do celular do empresário. O aparelho celular dela foi apreendido e deve ajudar na obtenção de mais provas. A prisão temporária foi decretada por 30 dias pela 1ª Vara Criminal de Araguaína. A irmã, que também aparece nas investigações, pode responder por ocultação de cadáver.
A investigação segue sob responsabilidade da 3ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC). O caso é tratado como homicídio qualificado, com ocultação de corpo e possível agravante de tortura.
