Número de guerras em 2024 é o maior desde a Segunda Guerra Mundial, aponta pesquisa

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Relatório do Instituto de Pesquisa para Paz de Oslo revela que o planeta viveu em 2024 o maior número de guerras em mais de sete décadas, com 61 conflitos em 36 países.

O ano de 2024 entrou para a história como o mais violento desde o fim da Segunda Guerra Mundial. De acordo com um relatório divulgado pelo Instituto de Pesquisa para Paz de Oslo (PRIO), baseado em dados da Universidade de Uppsala, na Suécia, o mundo registrou 61 conflitos armados em 36 países, o número mais alto já registrado desde 1945.

Segundo o levantamento, 129 mil pessoas morreram em decorrência desses confrontos, fazendo de 2024 o quarto ano mais mortal desde o fim da Guerra Fria, em 1989.

Rússia, Ucrânia e Faixa de Gaza lideram número de mortes

Dois conflitos principais puxaram esse número para cima: a guerra entre Rússia e Ucrânia, responsável por 76 mil mortes, e o conflito na Faixa de Gaza, onde 26 mil pessoas perderam a vida. A combinação desses confrontos expôs ao mundo a fragilidade dos esforços internacionais de mediação e paz.

Além disso, o continente africano foi o mais afetado, concentrando 28 conflitos estatais. A Ásia aparece em segundo lugar, com 17 conflitos, seguida pelo Oriente Médio (10), Europa (3) e Américas (2).

Sinal de alerta para a comunidade internacional

Os números do relatório não representam apenas uma estatística pontual, mas indicam uma mudança estrutural no cenário global de segurança. O mundo assiste a um avanço de instabilidades, crises políticas internas e disputas geopolíticas que estão provocando uma nova era de violência generalizada.

Para especialistas em relações internacionais, o aumento expressivo de guerras representa o fracasso das instituições globais em manter o diálogo como prioridade e reforça a urgência de novas estratégias de cooperação internacional.

“É o maior número de guerras registradas em mais de 70 anos. Isso diz muito sobre o momento frágil que vivemos. A paz está sob ataque”, disse um dos autores do relatório.

Daiane Silva, 24 anos, é jornalista tocantinense e augustinopolina de berço. Já trabalhou em rádio e fez assessoria política nas eleições municipais de 2024. Apaixonada por livros-reportagem e inspirada no trabalho de Roberto Cabrini, sonha em seguir no jornalismo investigativo. Também pretende se aprofundar em Ciência Política para entender ainda mais sobre o cenário político e social.

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