“Foi só Deus mesmo que deu um livramento para a gente”, diz sobrevivente de naufrágio no Rio Tocantins

1 min read
Image editor output image220373952 1761577864919.jpg

Uma balsa que transportava um grupo de trilheiros naufragou no início da tarde deste domingo (26) no Rio Tocantins, em São Sebastião, município na divisa entre o Tocantins e o Maranhão.

O morador de Vila Nova dos Martírios, Gleison Pessoa, estava na travessia com a irmã quando o barco virou. Ele relatou os momentos de tensão e como conseguiu se manter junto à irmã até a chegada do resgate.

“O barco começou a virar para o lado esquerdo. Um rapaz tentou controlar, mas não aguentou o contrapeso e virou de uma vez. Foi só Deus mesmo que deu um livramento para a gente”, disse Gleison.

Segundo o sobrevivente, ele e a irmã tinham ido até o local apenas para almoçar. Eles deixaram o carro na margem e atravessaram a balsa antes de outros integrantes do grupo, que transportavam motos e um quadriciclo.

“O rapaz da balsa avisou que poderia dar duas viagens, porque ia ficar muito pesada. Mas os meninos seguiram com a entrada do barco”, contou.

Durante a travessia, Gleison percebeu que a embarcação começava a encher de água.

“Dali não passou 10 segundos, o barco começou a virar. Eu mergulhei e abaixei a cabeça da minha irmã para que ela saísse segura”, relatou.

Ele disse ainda que algumas pessoas conseguiram se segurar na própria embarcação virada, enquanto outros flutuavam à espera de apoio.

“Eu já estava perdendo as forças, mas vi dois barquinhos de alta velocidade vindo. Foi quando começou o resgate. A gente ficou com muito cuidado para não encostar muito perto, mas fomos sendo recolhidos devagar”, contou.

O Corpo de Bombeiros informou que a balsa transportava 11 motos, um quadriciclo e os participantes do grupo. Pelo menos duas pessoas continuam desaparecidas. Equipes de resgate atuam no local com o apoio de um helicóptero, enquanto familiares e moradores acompanham a operação.

“Foi tenso. Eu não sei se todos sabiam nadar. Eu só conseguia pensar em proteger minha irmã. A vida da gente passa rápido, e a gente tem que agradecer”, disse Gleison.

As buscas pelas vítimas desaparecidas seguem em andamento.

Daiane Silva, 24 anos, é jornalista tocantinense e augustinopolina de berço. Já trabalhou em rádio e fez assessoria política nas eleições municipais de 2024. Apaixonada por livros-reportagem e inspirada no trabalho de Roberto Cabrini, sonha em seguir no jornalismo investigativo. Também pretende se aprofundar em Ciência Política para entender ainda mais sobre o cenário político e social.

Deixe um comentário

Your email address will not be published.

Latest from Blog