Bebê indígena morre à espera de vaga em UTI no Hospital Regional de Augustinópolis

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AUGUSTINÓPOLIS- Uma bebê da etnia Apinajé, identificada como Cibelly Apinajé, de seis meses de idade, faleceu no Hospital Regional de Augustinópolis na madrugada da última terça-feira (10). A criança aguardava transferência para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Segundo familiares, a bebê apresentou sintomas por algumas semanas e foi levada diversas vezes ao hospital. A internação só ocorreu no sábado (7), após insistência da família. Os parentes relatam que houve demora no atendimento e na solicitação de transferência para uma unidade com suporte intensivo.

O avô da criança, Antônio Apinajé, afirmou que a família buscou atendimento mais de uma vez e questionou o tempo de espera para a transferência. “Fala que o médico não encaminha porque não tem vaga. O paciente já em situação grave fica jogado. Eles não tratam de encaminhar para onde tem recurso para tratar o paciente”, disse.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que a criança deu entrada na unidade hospitalar com quadro clínico estável, sem necessidade imediata de transferência, conforme avaliação médica. Ainda segundo a secretaria, houve agravamento do estado de saúde na madrugada do dia 10, momento em que foi solicitado um leito de UTI. A bebê faleceu antes da liberação da vaga.

Um vídeo gravado pela família mostra a criança na aldeia com sinais de dificuldade respiratória. O caso gerou manifestações da comunidade indígena Apinajé sobre a necessidade de melhorias no atendimento e transporte para pacientes em áreas mais afastadas.


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